"Modus Operandi" do Grupo Invepar

Com tecnologia de operação importada diretamente do Japão (trata-se dos funcionários que empurram os coitados dos passageiros para dentros dos vagões) a Metrô Rio controlada pelo grupo INVEPAR desde 2009 presta este excelente serviço aos cariocas. Quer conhecer mais acerca do modus operandi da grupo? Abaixo alguns artigos com suas respectivas fontes para quem quiser conferir:

Invepar é alvo de críticas na administração do Metrô Rio

07/02/2012 - Folha de São Paulo

A Invepar (Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A.), que venceu o leilão do aeroporto de Cumbica, controla desde 2009 o Metrô carioca. Em 2010, a operação causou prejuízo de R$ 20,8 milhões, ante lucro de R$ 3,7 milhões em 2009.
O serviço é alvo de críticas frequentes. Segundo o especialista em transportes e ex-diretor de planejamento e de projeto do Metrô do Rio, Fernando MacDowell, o serviço piorou, em grande parte por problemas herdados de gestões anteriores.
"Creio que eles terão mais sorte na administração do aeroporto, porque no Metrô do Rio é um problema atrás do outro, não tem dia que não pare, que não atrase. Mas, no aeroporto, vão ter mais facilidade porque não precisam cuidar da operação do transporte. As empresas aéreas é que terão que fazer isso."
Ontem mesmo, 11 estações da Linha 2 do metrô ficaram fechadas por meia hora pela manhã em conseqüência de problemas de sinalização.
Formada por uma maioria de investidores -os fundos de pensão Previ (BB), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa)- e a construtora OAS, a Invepar, segundo MacDowell, recebeu do governo do Rio uma frota de trens canibalizados e, para piorar a situação, herdou uma encomenda de trens errados feita à China, o que vem causando transtornos.
A demora em colocar trens novos em circulação poderá valer ao Metrô uma multa pedida pelo governador Sérgio Cabral à Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes.
Além do Metrô, a Invepar controla a linha Amarela (que liga a Barra da Tijuca à Ilha do Fundão), também no Rio; a Linha Verde (rodovia entre Salvador e Aracaju); e a concessionária Auto Raposo Tavares, em São Paulo.

fonte: http://memoria722.blogspot.com.br/2012/02/invepar-e-alvo-de-criticas-na.html

Metrô Rio desrespeita população carioca com trens lotados e sem ar-condicionado

Por Diego Cotta em 07/02/2012

Há muito esta situação vergonhosa que os cariocas passam durante todos os verões vem me munindo para iniciar uma verdadeira guerra contra o Metrô Rio, que não dá a mínima à prestação minimamente decente e condizente com o superfaturado preço das passagens do metrô da cidade do Rio de Janeiro.
Hoje foi mais um dia de “Rio 40º” e vivenciei umas das piores viagens metroviárias da minha vida. Passageiros enjaulados como porcos caminhando para o abate; senhoras passando mal, bebês choravam sem suas vestes por causa do calor demasiado.


Os equipamentos de ar-condicionado não operavam, enquanto eu observava debochadamente a plaquinha da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro – AGETRANSP.
Como o Metrô Rio ganhou o maior prêmio de Comunicação do país, o Prêmio Aberje Brasil, no quesito Mídias Sociais, decidi recorrer a elas (http://premioaberje.com.br/vencedores_regiao6.asp). Abaixo vocês poderão conferir o diálogo que tive com o Metrô Rio pela sua página oficial do Facebook e tirarem suas próprias conclusões:

Diego Cotta:
Linha 2 do @metro_rio está uma viagem para o inferno! Os passageiros suam feito porcos para o abate! #desrespeito

Metrô Rio: 
Olá Diego,
Nos anos de 2010 e 2011, foram investidos mais R$ 21 milhões na reforma de equipamentos de ar condicionado dos trens, o que melhorou, de forma significativa, o desempenho do sistema térmico. Mas, ainda assim, não foi possível solucionar de vez o problema relativo à sensação de calor ambiente, pois a demanda pelos serviços do MetrôRio subiu de 400 mil passageiros/dia para 700 mil passageiros nos últimos anos. O problema será definitivamente resolvido a partir de meados do ano que vem, com a entrada em operação de novos e modernos trens; o que inclui sistema de ar-condicionado de alta potencia e desempenho. Importante observar que a entrada em circulação dos novos trens vai permitir a disponibilização dos trens atuais em oficinas, para a substituição e modernização do sistema de ar-condicionado hoje existente.
Relacionamento com o Cliente

Diego Cotta:
Central de Relacionamento com o Cliente, infelizmente esta resposta não justifica em nada minhas reclamações. O Metrô Rio aumenta indecentemente os preços das passagens, enquanto os serviços são de péssima qualidade. São várias ineficiências: sistema de ar-condicionado não condizente com os termômetros cariocas; poucos trens para o número de passageiros circulantes. Não preciso lembrar que o serviço de vocês é uma concessão pública, que por sua vez já deveria ter sido suspensa há anos devido ao péssimo atendimento prestado. Essa história de investimento e compra de novos trens é mais velha que a penteadeira da minha vó. Portanto, sejamos mais convincentes e respeitosos nesse tipo de resposta. O desrespeito é tamanho que vocês assumem a regularização do equipamento de refrigeração para o meio do ano que vem! Ou seja, os porcos que caminham para o abate continuarão pagando, continuarão suando neste verão e do ano que vem! Obrigado pela calorosa compreensão!

fonte: http://www.consciencia.net/metro-rio-desrespeita-populacao-carioca-com-trens-lotados-e-sem-ar-condicionado/
  
Principais reclamações
 

• Superlotação - Decorrente da falta de investimento. O Metrô Rio sempre tem uma desculpa na ponta da língua para justificar os constantes atrasos no recebimento de novos vagões. Ora é problema da China, ora é o tsunami no Japão...
• Mal funcionamento do ar-condicionado - Decorrente do sucateamento dos vagões e da falta de investimento.

Para reduzir os intervalos entre os trens, o metrô reduziu também o número de vagões. Um pedaço das estações fica vazio, criando um aglomerado de pessoas desavisadas, na porta do primeiro vagão disponível. O trem não está andando, nesta foto ele está parado na estação deixando passageiros (trem a direita)

• Paradas bruscas - Este é um problema recorrente com o piloto automático, que acontece há anos, mas nunca foi resolvido. Esta freada repentina e muitas vezes forte, costuma causar eventuais quedas de passageiros. Portanto, evite viajar sem se apoiar em alguma coisa.
• Demora dos trens - Para disfarçar a falta de vagões, o Metrô Rio usa um truque: Os trens ficaram de menor tamanho para conseguir reduzir os intervalos, e por isso o trem não ocupa toda a plataforma.. Os usuários desavisados esperam pelo trem em pontos que não há vagão quando o trem chega. Resultado: os vagões das pontas costumam estar bem cheios.
• Informação confusa - Já houve uma tentativa de colocar os nomes das estações nas televisões somente. Foi um problema, é claro. Primeiro a televisão mostrava o nome da estação e depois algum tipo de propaganda. As pessoas tinham que aguardar a troca da imagem para saber para que lado embarcar. Em outro momento as televisões não funcionavam e as pessoas se viraram para saber a direção correta.
• Aviso de chegada as estações - A voz que indica a próxima estação, muda com o tempo. Temos uma gravação de uma voz feminina. As vezes, esta mesma voz fala uma versão também em inglês. Na maioria das vezes, quem fala é o condutor. E disputando com o condutor, temos o silêncio total. Por conta disso, o passageiro que não está habituado a utilizar o metro, deve ficar sempre atento ao mapa (acima das portas) para não deixar a estação desejada passar. Não conte com o aviso.
• Intervalo entre os trens - Não existe um intervalo padrão. É possível perceber que não há um controle eficiente no tempo dos trens. Muitas vezes você passa por uma situação onde o trem para no túnel, aguardando o trem da frente sair da plataforma. Apesar de frequente, raras as vezes onde o condutor avisa os passageiros que está aguardando o trem da frente sair da plataforma.

O metrô funciona em forma de concessão, ou seja, o Estado passa à iniciativa privada a exploração do serviço, e como é de praxe no Brasil, os contratos não são respeitados e a empresa Metrô Rio está mais interessada em maximizar o lucro, que pode ser mais facilmente alcançado com baixo investimento e superlotação.

fonte: http://www.wikirio.com.br/Metr%C3%B4_do_Rio_de_Janeiro


http://www.simerj.org.br/arqs/outros/164_ld10.pdf

fonte: http://www.simerj.org.br/arqs/outros/169_ld12.pdf