Nesta última semana a concessionária de Guarulhos fez propostas para alguns funcionários do pátio e tps que não assumirão cargos de liderança ou chefia, o vulgo peão. Primeiramente se pergunta a falta de critérios para promover alguns funcionários em detrimento de outros. Alguns colegas, sem tirar o mérito pela competência, mas ainda pouco experientes em comparação a outros foram chamados a bispo, torre e cavalo com salários até atrativos. Já o rei receberá um salário treze vezes superior ao do peão.
O que estão oferecendo atualmente com os irrisórios benefícios esté longe de ser equivalente. Os VRs não chegam à metade do que recebemos pela Infraero, há rumores de que os planos de saúde e odontológico devem ser cobrados, os descontos de transporte e alimentação devem ser maiores como como manda a CLT, o adicional noturno menor, as férias menores e aquelas cancelas no estacionamento? Talvez seja cobrado alguma coisa. Enfim, a nossa categoria lutou por anos para adquirir benefícios acima da CLT e agora pode perder isso da noite para o dia. Sem ser nenhum expert em cálculos, logo se percebe que, se mantidas as atuais condições de benefícios e salários oferecidos a quem não vai ocupar cargo algum, haverá perda de renda sim e não é pouca. A situação se agrava ainda mais a quem usufrui de benefícios como auxílio creche ou incentivo ao estudo, que até agora não foi apresentado. Trabalhar de madrugada deixará de ser atrativo.
Muitos colegas não são contra a concessionária ou a iniciativa privada como um todo, sobretudo depois que passaram a conhecer as falhas e os vícios da administração pública. Mas se opoem terminantemente a aceitar qualquer tipo de contrato em que levem prejuízo. Outros estavam até ansiosos pelos convites, mas logo se decepcionaram. Atenção Concessionária, ou melhoram as propostas ou no dia 15 de fevereiro os Senhores de Engenho terão de descer da Casa Grande para tocar a moenda. O açúcar deve azedar!
