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Marcus Vinicius De Salvo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Diversos (by Zé Carioca)":

"Colegas na UNG
Ainda estão sem nada definidos."

Exatamente, sem nada definido com relação a local de trabalho e data do fim de nossa estadia na UnG. A data limite que seria dia 19 de abril foi prorrogada para o meio de maio, que já foi prorrogada para o fim de maio, que agora aparentemente será prorrogada de novo, já que nossa nova instrutora de um curso falou que foi solicitada para vir de seu aeroporto de origem para ficar aqui até 7 de junho.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

TRANSFERÊNCIAS, ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E PRIVADA E CIDADES MAIS VIOLENTAS DO PAÍS.

          Nesta quinta-feira, 11 de outubro, a Infraero divulgou pelo notes uma lista retificada com 1255 oportunidades de trabalho destinadas aos funcionários dos quatro aeroportos concedidos - Natal, Guarulhos, Campinas e Brasília. Este número superou as expectativas, já que o SINA falara em 800 vagas. O melhor é que, como prevê a legislação nestes casos, as transferências ocorrerão por interesse da empresa. Isto significa que, dentre outras coisas e como eu já havia mencionado neste blog, de acordo com o Art. 469, § 3º, da CLT (vide postagem de 10 de agosto), o funcionário que necessitar mudar de domicílio terá um acréscimo de pelo menos 25% em seu salário.

          Obviamente esta lista não contenta a todos, pois há um número insignificante de vagas nos aeroportos próximos a Guarulhos como São José, Congonhas e Campo de Marte, além da Regional. O que fazer com os funcionários que não querem e/ou não podem se mudar e pretendem continuar na Infraero? Onde estão as vagas em SBSP que seriam provenientes da desterceirização da inspeção de bagagem de mão e estacionamento? De certa forma, pode-se dizer que muitos funcionários vivem uma situação bastantte dramática. Há ainda o agravo de que a concessionária só se manifestou na contratação de poucos gerentes e coordenadores até a presente data.

          
          Nesta útima semana houve reunião entre as concessionárias e o SINA para tratarem da execução do ACT, cujo resultado ainda não foi divulgado. Para os que pretendem avaliar um eventual contrato com as concessionárias este documento é de extrema importância e deve ser analisado esmiuçadamente. Porém, fica difícil ter grandes expectativas em relação a uma empresa que praticamente não se manifestou sobre as contratações da quase totalidade dos funcionários, não se interessou na execução do ACT - como se queixou o SINA na coluna Turbulência e sofre graves críticas em relação a administração de seus linhas de metrô no Rio por conta dos constantes atrasos dos trens. Na administração privada há o estabelecimento de objetivos e metas para a consecução dos resultados (leia-se lucro), até aí nada fora do comum, mesmo porque nas públicas os resultados também são importantes, que não precisa ser necessariamente o lucro, como um hospital, uma creche, uma universidade etc. Nestes casos a meta é o bem público. Mas o ponto é que, frequentemente este estabelecimento de metas e resultados individuais acaba servindo de intrumento de pressão e coação. Quem já trabalhou com vendas ou telemarketing sabe bem o que estou falando. Você vale o quanto propicia de lucro ao patrão. É mais fácil ou mais lucrativo substituir um funcionário que passa por algum problema e não rende o esperado do que recuperá-lo, chamar assistente social e aquela coisa toda. Expor idéias que muitas vezes não agradam aos chefes (convencionou-se chamá-los de líderes hoje em dia) pode não ser muito bem visto. O fato é: No edital diz que se deve dar estabilidade ao funcionário por cinco anos. Mas como celebrar o casamento entre a estabilidade e o resultado? Simplesmente as duas coisas não combinam. Quais poderiam ser as formas alternativas de "castigar" o empregado? Transferi-lo para o metrô do Rio? Para uma estrada na Bahia? Ou para a Raposo Tavares obrigando o pobre do funcionário a enfrentar horas de trânsito por dia até que ele "peça pra sair"? Ou então o colocando em funções tão enfadonhas que seu trabalho se torne insuportável?

          Levanto estas questões, com exagero ou não, para que possam ser refletidas antes que supostamente aconteçam. É preciso pensar em todas as possibilidades para evitar arrependimentos. Sabemos que a administração da Infraero, assim como as das empresas públicas de forma geral, precisa ser modernizada e isso requer uma reconfiguração estrutural de modo a acabar com muitas injustiças, morosidades e corrupção que hoje ocorrem. Entretanto, o lado oposto, o do capital privado, de forma mais geral está e sempre esteve muito longe ao longo da história de representar os interesses daqueles que não possuem a propriedade, a posse do capital, daqueles que precisam vender unicamente sua força de trabalho. É preciso ponderar os dois lados antes de qualquer decisão.


          Para quem pretende ficar na Infraero e ser transferido de cidade, a revista Exame divulgou nesta quarta-feira, 10 de outubro, um ranking das 50 cidades mais violentas do mundo. http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/brasil-tem-14-das-50-cidades-mais-violentas-do-mundo. Destas, 14 estão no Brasil sendo Maceió a terceira mais violenta do planeta. Vale a pena confeir:



Posição no ranking Cidade Estado Homicídios por 100 mil habitantes
Maceió AL 135,26
10º Belém PA 78,04
17º Vitoria ES 67,82
22º Salvador BA 56,98
26º Manaus AM 56,21
27º São Luís MA 50,85
29º João Pessoa PB 48,64
31º Cuiabá MT 48,32
32º Recife PE 48,23
36º Macapá AP 45,08
37º Fortaleza CE 42,90
39º Curitiba PR 38,09
40º Goiânia GO 37,17
45º Belo Horizonte MG  34,40

           Interessante que Rio de Janeiro e São Paulo não aparecem entre estas 50. Pelo menos não quando o índice é número de homicídios (acho que em 2006 a situação para São Paulo não seria tão confortável). Conclui-se que a mídia dramatiza muito acerca principalmente do Rio.

          Espero que de alguma forma estas informações possam ser úteis neste momento tão delicado que passamos.

Clayton Rego