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Marcus Vinicius De Salvo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Diversos (by Zé Carioca)":

"Colegas na UNG
Ainda estão sem nada definidos."

Exatamente, sem nada definido com relação a local de trabalho e data do fim de nossa estadia na UnG. A data limite que seria dia 19 de abril foi prorrogada para o meio de maio, que já foi prorrogada para o fim de maio, que agora aparentemente será prorrogada de novo, já que nossa nova instrutora de um curso falou que foi solicitada para vir de seu aeroporto de origem para ficar aqui até 7 de junho.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O mágico que quer vender seus shows, mas ensina os truques primeiro

          Há quem estivesse aguardando com ansiedadde a proposta de Acordo Coletivo da Concessionária. Depois que o SINA divulgou algumas cláusulas, nada surpreendente. Basicamente a empresa pretende se ater ao mínimo, ou seja, CLT. E ainda reduz salário base de R$ 1324,01 para 1003,00; extermina o incentivo ao estudo Mas, SINA, onde está as cláusulas acerca dos planos de saúde, odontológico e outras relevantes como escala? De qualquer maneira, este assunto está interessando cada vez menos trabahadores da Infraero. No começo da nossa enquete aí ao lado, quase 40% votaram não possuir interesse pela Gruairport, hoje esse número representa metade dos funcionários. Esse número deve se ampliar caso a política administrativa dessa pseudo empresa se mantenha. Há quem já assinara o convite e depois de poucas semanas comunicou que ele deveria ser desconsiderado "Não sinto que esta empresa terá a responsabilidade de respeitar o prazo de cinco anos de estabilidade" disse-me outro dia um funcionário Infraero já bastante antigo. E há razões para isso, basta ver o histórico de privatizações no país, sobretudo o setor energético. Uma ação trabalhista como essa levou em alguns casos em torno de dez anos.
          Contudo, esta discussão só faz sentido se considerarmos que a Invepar de fato pretende contratar funcionários da Infraero. Ao que tudo indica, o contrato com a estatal deve ser prorrogado por mais seis meses. Mas nem todos funcionários Infraeros ficarão após 15 de fevereiro, assim como ocorreu em 15/11/12. Vamos lá, prorrogando o contrato a Invepar prorroga-se também o prazo das supostas contratações. Aquelas promessas de cargos e salários têm, antes de mais nada, o propósito de motivar funcionários da Infraero a colaborar com a Concessionária, seja no funcionamento do aeroporto, seja também no ensinamento do serviço aos funcionários da Invepar. A experiência só é valorizada na medida em que o conhecimento adquirido através dela pode ser reproduzido. Do contrário não viriam tantas pessoa investidas de cargo de comando do Rio de Janeiro e de companhias aéreas.
          Para exemplificar, imagine você, fiscal de pátio, que a partir de agora tem de trabalhar com um Bravo Uno que era supervisor da Swissport ou da Tam? E seu coordenador nem aeroportos conhece. Isso mesmo, um setor operacional por excelência está sendo tratado como um setor burocrático. É, em outros termos, a desprossionalização da administração aeroportuária. Isso é que está ocorrendo no terminal de passageiros e pode em certo grau ser extendido aos outros setores.
          Posto desta forma, a prorrogação do contrato por mais seis meses visa a extrair o máximo de conhecimento possível (querendo ou não, ele é necessário) da Infraero, através de seus trabalhadores. Todos que foram convidados e aceitaram já estão exercendo as velhas ou novas funções, mas passariam a receber o salário prometido apenas no ato da migração, o que seria 15 de fevereiro. Passando-se esse prazo a 15 de agosto, a situação continuaria a mesma, contudo é um prazo razoável para que julguem dominar muitas tarefas que trabalhadores da Infraero ensinarão. Daqui a pouco mais de seis meses a Invepar decidirá se contratará um funcionário que, teoricamente, terá 5 anos de estabilidade um salário X ou um novo que já aprendeu um pouco do serviço com cerca de metade deste salário e sem estabilidade alguma. Conhecendo um pouco da filosofia da Invepar, você decide!

"Como sistema econômico, o capitalismo não tem nada a ver com responsabilidade, se trata de crescimento e ganância" ERIC HOBSBAWN